20 de junho de 2012

PARA COMANDO DA PM, DIVISAS SÃO FRAGILIDADES, PRINCIPALMENTE, AS DO PIAUÍ

Comandante da PM cearense, coronel Werisleik Pontes Matias
Dos 1.232 quilômetros de divisas cearenses, 578 se dão com o Piauí. A larga extensão limítrofe é vista como desafio pelo policiamento local. Para a PM, sobram regiões piauienses com alto potencial de rota de fuga para quadrilhas e faltam homens para cobri-las.

Das 11 cidades fronteiriças com outros estados e que sofreram ataques nos últimos anos, sete levam ao Piauí. “É onde sofremos mais porque o nosso policiamento é um e o de lá é quase nenhum”, frisa o comandante da PM cearense, coronel Werisleik Pontes Matias.

Ao lado do baixo efetivo policial
, ele coloca as divisas como fragilidade do sistema de segurança. Mas pondera a existência de melhorias, como a criação do Comando Tático Rural, voltado para o combate ao crime organizado no Interior.

Werislek ressalta também a aquisição de três helicópteros para a PM atuar fora da Capital. Um deles fica justo no Sertão Central. Os demais têm base nas regiões Norte e do Cariri. “Vai acabar com o assalto a banco agora? Não. Esse é o tipo de política para médio prazo”.

De acordo com o comandante, 52 pessoas foram presas em 2012 por envolvimento em ataques a bancos. Em
2011, foram 78. Para reduzir os índices relativos ao Piauí, ele diz que a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social mantém contato constante com o estado vizinho.

Atual titular da SSP do Piauí, Robert Rios Magalhães disse ao O POVO nunca ter sido procurado pela SSPDS do Ceará para traçar estratégias. Ele já comandou a pasta em quatro ocasiões. “As quadrilhas não usam o Piauí como rota. Pelo contrário! Quando tem assalto aí, nós fechamos as nossas divisas. Se temos problema, é porque as fronteiras da Bahia, Pernambuco e Ceará estão descobertas”, contesta Rios, assegurando batalhões “em quase todas as
divisas do Piauí”.
fonte: O Povo, com imagem de BrasilPortais
Blog Combate Policial

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